A pobreza energética é um dos maiores desafios do século XXI. No Brasil, esse problema afeta milhões de famílias que ainda vivem sem acesso a fontes seguras e modernas de energia, comprometendo a qualidade de vida, a saúde e as oportunidades de desenvolvimento social. Entender suas causas e buscar soluções sustentáveis é essencial para um futuro mais justo e inclusivo.
O que é pobreza energética?
A pobreza energética ocorre quando pessoas ou comunidades não têm acesso contínuo e acessível à energia necessária para suas necessidades básicas, como cozinhar, aquecer, refrigerar alimentos e iluminar suas casas.
Trata-se de uma condição que vai além da ausência de eletricidade, sendo uma questão de dignidade e cidadania.
No Brasil, mais de 1 milhão de famílias ainda vivem sem energia elétrica, e muitas outras enfrentam dificuldades para comprar gás de cozinha (GLP). Nessas situações, a lenha e o carvão acabam sendo as alternativas, o que agrava problemas de saúde e aumenta a emissão de gases poluentes.
Quais são as principais causas da pobreza energética?
A pobreza energética está ligada a fatores econômicos, estruturais e ambientais. Entre as principais causas estão:
1. Baixa renda e desigualdade social
Milhões de brasileiros destinam grande parte do orçamento familiar à energia doméstica. Quando o custo do gás ou da eletricidade sobe, muitas famílias são forçadas a escolher entre manter o fornecimento de energia ou atender outras necessidades básicas.
Esse cenário é agravado pela falta de políticas públicas efetivas de subsídio e inclusão energética, que poderiam garantir acesso contínuo e seguro a todos os lares.
2. Infraestrutura insuficiente
Regiões remotas e rurais ainda enfrentam dificuldades logísticas e de abastecimento.
Em muitas localidades, as condições de transporte e distribuição são precárias, o que eleva os custos e limita o alcance da energia. O modelo de distribuição porta a porta das distribuidoras de gás de cozinha é essencial para reduzir essa desigualdade, permitindo que mesmo as comunidades mais distantes tenham acesso à energia mais apropriada ao consumo.
3. Falta de políticas públicas integradas
A ausência de programas de longo prazo voltados à inclusão energética dificulta o avanço de soluções estruturais.
Para superar a pobreza energética, é necessário um esforço conjunto entre governo, setor privado e sociedade civil, com políticas que unam assistência social, educação e transição energética.
Consequências da pobreza energética para a sociedade

A falta de acesso à energia digna tem impactos profundos em diferentes áreas:
Saúde pública
O uso da lenha e do carvão em ambientes fechados gera fumaça tóxica, responsável por doenças respiratórias e cardiovasculares, especialmente em mulheres e crianças.
Essas condições aumentam as internações hospitalares e reduzem a expectativa de vida. Garantir o uso de gás de cozinha seguro é, portanto, uma medida de saúde pública, pois reduz a poluição do ar dentro das residências e previne doenças crônicas.
Educação e tempo de qualidade
Sem energia, é impossível estudar à noite, manter alimentos conservados ou realizar tarefas básicas com segurança.
O acesso ao GLP representa autonomia e tempo de qualidade, permitindo que famílias se dediquem a atividades produtivas e educativas. Com energia confiável, crianças podem estudar com mais regularidade, adultos podem empreender e comunidades inteiras se tornam mais independentes economicamente.
Meio ambiente
Mais de 90% da lenha usada no Brasil não é renovável, contribuindo para o desmatamento e o aumento das emissões de CO₂.
O GLP emite 42 vezes menos gases causadores do efeito estufa, sendo uma alternativa apropriada e eficiente. A substituição da lenha e do carvão por gás contribui para a preservação das florestas, reduz o impacto ambiental e apoia o cumprimento das metas de sustentabilidade do país.
O papel do gás de cozinha no combate à pobreza energética
O gás liquefeito de petróleo (GLP) é uma das soluções mais eficazes para combater a pobreza energética no Brasil.
Ele está presente em 91% dos lares brasileiros, garantindo segurança, praticidade e qualidade de vida, mesmo em regiões remotas.
O modelo de distribuição atual é um benchmark mundial, com mais de 59 mil revendas e 19 distribuidoras garantindo abastecimento contínuo. O sistema permite portabilidade irrestrita, ou seja, qualquer consumidor pode trocar de marca a cada compra, um exemplo de concorrência saudável e livre escolha com proteção.
O GLP possui também logística reversa exemplar, com 15,4 milhões de botijões requalificados por ano e vida útil de até 75 anos.
Essa estrutura garante segurança, rastreabilidade e sustentabilidade, reforçando o papel do setor na inclusão energética nacional.
Como reduzir a pobreza energética no Brasil?
Reduzir a pobreza energética exige políticas públicas integradas, inovação tecnológica e fortalecimento do modelo regulatório. Entre as principais ações necessárias estão:
1. Ampliar o programa Gás do Povo
Expandir o acesso ao GLP para famílias de baixa renda é fundamental. O programa Gás do Povo representa inclusão e dignidade ao garantir energia mais segura a quem mais precisa.
A ampliação dessa iniciativa ajudaria a reduzir a dependência de combustíveis poluentes e fortaleceria a segurança alimentar e energética de milhões de brasileiros.
2. Incentivar a requalificação e logística reversa
Investir em infraestrutura e manutenção dos botijões assegura o abastecimento e evita riscos de acidentes.
Essa cadeia estruturada gera emprego e renda, fortalecendo a economia local. O incentivo à logística reversa também reduz o desperdício de materiais e reforça o compromisso do setor com a sustentabilidade ambiental.
3. Fortalecer a regulação técnica
Manter uma regulação sólida e fiscalizada protege o consumidor, evita fraudes e garante a qualidade do produto.
A responsabilidade pela marca, com rastreabilidade e inspeção periódica, é o que diferencia o modelo brasileiro como referência mundial. Regulamentar de forma responsável é proteger o cidadão e garantir que o gás chegue de forma segura a todos os lares.
4. Promover educação energética
Campanhas de conscientização ajudam a população a entender a importância do uso seguro e responsável da energia.
Educar a sociedade sobre o consumo consciente e os riscos de práticas inseguras, como o fracionamento e o uso de botijões sem marca, é essencial para fortalecer a segurança e promover a mudança de comportamento em prol da eficiência energética.
Energia segura é vetor de dignidade
Combater a pobreza energética é mais do que garantir acesso à energia. É promover inclusão, saúde e desenvolvimento. O gás de cozinha, com sua capilaridade e eficiência, é um dos pilares dessa transformação.
Fortalecer o modelo brasileiro de GLP significa proteger vidas, gerar oportunidades e reduzir desigualdades, caminhando para um futuro de energia digna e acessível para todos.
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